cardim

A origem da família Cardim em Portugal remonta ao séc. XIV, quando D. Roberto Cardim veio no cortejo real de D. Filipa de Lencastre (em inglês: Lancaster) , de Inglaterra para Portugal. D. Roberto Cardim desposou D. Joanna Roza, tendo-lhes sido doadas terras na região do distrito de Setúbal, onde se fixaram os antepassados da família Cardim.

Personalidades Ilustres:

horacioHorácio dos Santos Cardim nasceu em Grândola a 5 de Julho de 1901. Foi um dos fundadores do Jornal Grândolense. É filho de Augusto Cesar Botelho Cardim e de Felismina Rosa dos Santos Cardim. Seu pai frequentou os primeiros anos da Faculdade de Medicina de Lisboa, tendo depois sido administrador do Concelho e conservador do registo civil da vila.

Horácio dos Santos Cardim estudou em Grândola. A partir de 8 de Outubro de 1910 foi amanuense e secretário da administração do concelho de Grândola. A 2 de Abril de 1921 começou a trabalhar no Ministério da Justiça e dos Cultos como ajudante da repartição do registo civil de Grândola. Em 15 de Agosto de 1929, ingressou no ministério do interior, como aspirante da secretaria da Câmara Municipal. Aposentou-se em finais dos anos cinquenta.

Casou em Grândola a 14 de Junho de 1930 com Maria da Cruz Viegas e Sousa Cardim, com quem teve três filhos.

A par da sua atividade na administração pública, foi correspondente de vários jornais: “Diário de Noticias”, “O Século” e ” A Voz” ( todos de Lisboa ), “O Setubalense” e o “Diário do Alentejo”, de Beja. Foi proprietário da primeira tipografia de Grândola, no final dos anos vinte, que se chamava “Tipografia Progresso”. O 1º jornal local foi “O Grândolense”, sendo Horácio dos Santos Cardim um dos seus fundadores ( juntamente com mais quatro Grândolenses ) e redator. O primeiro número do periódico saiu em 15 de Março de 1924. Era um jornal quinzenário dirigido por António Dias dos Santos. Depois de algumas interrupções e após serem publicados 32 números, o jornal emitiu a última edição a 20 de Agosto de 1926.

Após o encerramento do jornal, Horácio Cardim, exerce até 1982 o cargo de observador do posto udométrico de Grândola. Durante dez anos é correspondente bancário do Banco Borges e Irmão.

Nos tempos livres dedicava-se à agricultura e jardinagem, à colecção de postais ilustrados e recortes de acontecimentos importantes, e também gostava de tocar bandolim.